Razões para crer
Desde que comecei o que chamo de refazer a fé (na verdade posso dizer que Deus é que começou em mim), uma das coisas que tenho buscado são razões para crer no que creio. Isto não significa que me iludo achando que vou encontrar razão ou explicação lógica em tudo o que a Bíblia afirma. Afinal, a Bíblia tem lá os seus enigmas (ou como dizem em nosso meio evangélico, os mistérios de Deus). Mas, conforme já falei anteriormente numa mensagem chamada Deus, a Bíblia e a lógica, a Bíblia segue uma lógica inequívoca a respeito de Deus, dos homens, do mundo, do pecado, de Jesus Cristo.
Quando começo a ler o que os autores bíblicos falam sobre estas coisas e olho o mundo ao meu redor, é possível perceber algumas razões para estes autores escreverem o que escreveram, principalmente quando o assunto é sobre o ser humano. A partir de então, muitas das coisas que eu já cria passaram a fazer sentido em minha vida e fortaleceram ainda mais minha fé em Deus, a saber o Pai de Nosso Senhor Jesus. Antes, eu cria somente porque estava escrito na Bíblia (por assim dizer), e pior, com raciocínios equivocados, mas respaldados por versículos bíblicos que, fora do contexto bíblico (ou da lógica bíblica como prefiro chamar), convencia a mim e ainda convence a muitos de coisas que aquele versículo na verdade não diz. Ou então utiliza um raciocínio que já foi superado ou revisto por Jesus Cristo e seus discípulos.
Estes enganos só podem ser desfeitos quando nos permitirmos questionar nossas crenças, quando buscamos as razões pelas quais cremos no que cremos, quando entendemos que o que cremos pode precisar de revisão, de uma análise mais profunda da questão, quando admitimos a possibilidade de algo não estar certo, principalmente quando existem indícios de que algo não faz sentido naquilo que estão nos ensinando.
Há quem diga que tudo isso é muito perigoso, questionar crenças, que isso é espírito de rebelião, que não pode ir contra o homem de Deus e etc. Se esquecem que nossa crença evangélica tem raízes na rebelião de Lutero ao clero romano. Foram os questionamentos de Martinho Lutero e tantos outros que fizeram a Reforma Protestante. Isso sem falar no próprio Senhor Jesus, que questionou os religiosos e os ensinos judeus de sua época. Mas agora é diferente, não podemos questionar mais, não precisamos mais de reformas, nossa fé agora é genuína, talvez sejam o que os ungidos do século XXI pensem, tal qual o clero romano na Idade Medieval. Vale ressaltar que a própria Igreja Católica hoje reconhece muitos de seus erros do passado.
Contudo, questionar realmente pode ser perigoso. Ao revermos alguma crença podemos errar, ao invés de acertar. É um risco que corremos, de fato. A livre interpretação da Bíblia, defendida pelos reformadores, por exemplo, deu margem à equivocos tão terríveis quanto aos combatidos por eles. Mas eu prefiro o risco de questionar a ficar novamente refém de gente que queira me vestir rédeas e me constranger a não pensar por mim mesmo.
John Stott, pastor anglicano e um dos teólogos mais respeitados da atualidade, escreveu um livro cujo título chama-se Crer é Também Pensar. Ele é um daqueles que se preocupam em desvendar e ensinar o sentido e as razões da fé cristã em nosso tempo. E muitos outros escritores, teólogos, pastores e padres estão comprometidos com este desafio. E eu também.
Quando começo a ler o que os autores bíblicos falam sobre estas coisas e olho o mundo ao meu redor, é possível perceber algumas razões para estes autores escreverem o que escreveram, principalmente quando o assunto é sobre o ser humano. A partir de então, muitas das coisas que eu já cria passaram a fazer sentido em minha vida e fortaleceram ainda mais minha fé em Deus, a saber o Pai de Nosso Senhor Jesus. Antes, eu cria somente porque estava escrito na Bíblia (por assim dizer), e pior, com raciocínios equivocados, mas respaldados por versículos bíblicos que, fora do contexto bíblico (ou da lógica bíblica como prefiro chamar), convencia a mim e ainda convence a muitos de coisas que aquele versículo na verdade não diz. Ou então utiliza um raciocínio que já foi superado ou revisto por Jesus Cristo e seus discípulos.
Estes enganos só podem ser desfeitos quando nos permitirmos questionar nossas crenças, quando buscamos as razões pelas quais cremos no que cremos, quando entendemos que o que cremos pode precisar de revisão, de uma análise mais profunda da questão, quando admitimos a possibilidade de algo não estar certo, principalmente quando existem indícios de que algo não faz sentido naquilo que estão nos ensinando.
Há quem diga que tudo isso é muito perigoso, questionar crenças, que isso é espírito de rebelião, que não pode ir contra o homem de Deus e etc. Se esquecem que nossa crença evangélica tem raízes na rebelião de Lutero ao clero romano. Foram os questionamentos de Martinho Lutero e tantos outros que fizeram a Reforma Protestante. Isso sem falar no próprio Senhor Jesus, que questionou os religiosos e os ensinos judeus de sua época. Mas agora é diferente, não podemos questionar mais, não precisamos mais de reformas, nossa fé agora é genuína, talvez sejam o que os ungidos do século XXI pensem, tal qual o clero romano na Idade Medieval. Vale ressaltar que a própria Igreja Católica hoje reconhece muitos de seus erros do passado.
Contudo, questionar realmente pode ser perigoso. Ao revermos alguma crença podemos errar, ao invés de acertar. É um risco que corremos, de fato. A livre interpretação da Bíblia, defendida pelos reformadores, por exemplo, deu margem à equivocos tão terríveis quanto aos combatidos por eles. Mas eu prefiro o risco de questionar a ficar novamente refém de gente que queira me vestir rédeas e me constranger a não pensar por mim mesmo.
John Stott, pastor anglicano e um dos teólogos mais respeitados da atualidade, escreveu um livro cujo título chama-se Crer é Também Pensar. Ele é um daqueles que se preocupam em desvendar e ensinar o sentido e as razões da fé cristã em nosso tempo. E muitos outros escritores, teólogos, pastores e padres estão comprometidos com este desafio. E eu também.
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