No princípio Deus criou

Esta é a primeira de uma série de mensagens a respeito do livro do Gênesis. Ele é o livro das origens: do céu, da terra, dia e noite, água e terra seca, Sol e Lua, plantas, animais e o ser humano. A origem do pecado e da maldade humana. A origem do povo de Israel em seus patriarcas: Abraão. Isaque e Jacó.

Porém, não foi escrito como se escreve um diário. Quem o escreveu não estava lá, acompanhando e participando de como todas as coisas foram criadas. Portanto, ao meu ver, não deveria ser encarado como verdade histórica ou literal. Mesmo que o autor tivesse a intenção de descrever como realmente as coisas aconteceram, não teria como saber, pois não estava presente ao espetáculo da criação. Torna-se inútil qualquer tentativa de explicar cientificamente o relato da criação contido em Gênesis 1 e 2.

O relato da criação é uma confissão de fé: no princípio Deus criou. O céu e a terra, os dias e as noites, água, plantas, Sol e Lua, os animais e o homem, o planeta e tudo o que existe nele é criação de Deus. Numa época em que se adoravam deuses de várias características (deus da água, deus-Sol, deus-Lua, deuses com forma de animais, deus da guerra, deus da colheita), o autor de Gênesis declara que tudo isso não passa de criação humana. O verdadeiro de Deus, o Deus de Israel é o Criador de todas as coisas.

E viu Deus que tudo o que criou era bom, muito bom. O autor nos diz que Deus criou um mundo muito bom, perfeito. Em Gênesis 2, inclusive, diz que Deus colocou o homem para viver num jardim, no Éden, um paraíso de árvores frutíferas e rios nascendo e irrigando todo o jardim. Ao homem, cabia tão somente a tarefa de cuidar, manter o jardim e cultivá-lo.

Mas algo parece ter saído errado, pois o planeta em que vivemos não parece nada com um lugar paradisíaco ou de delícias. Para a grande maioria dos seres humanos, tudo é conseguido com muito trabalho e sofrimento, e isso quando é possível conseguir. Para o autor, tudo se explica na ação humana pecadora de comer da única árvore que Deus ordenou que não comesse, a árvore do conhecimento do bem e do mal. Mas o que significa isso? Veremos nas próximas postagens.

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