Por que comemorar o Natal?

O Natal anda desacreditado.

Há quem diga que virou comércio, há quem o acuse de ser uma festa capitalista, pois incentiva as pessoas a consumir: comprar presentes, enfeites, comidas típicas de Natal. Como não concordar que o Natal tenha mesmo se tornado isso? Como na denúncia feita pela música "Papai Noel, Velho Batuta", da banda punk/rock nada convencional Garotos Podres, a constatação de que não existe Natal na casa do pobre e que o Papai Noel, no fundo, é um "porco capitalista" (e outras coisas que não devo mencionar por aqui).

Tem ainda a questão de que o Natal tem sua origem em uma festa pagã, onde celebrava-se o nascimento do deus-menino-sol, nascido de uma deusa-mãe. E que Roma, quando tornou o Cristianismo religião oficial de seu império, passou a celebrar em homenagem ao nascimento do Deus-menino-Jesus, nascido de Nossa Senhora, a virgem Maria.

Com tantos motivos para desprestigiar esta celebração cristã, por que continuar comemorando o Natal?

Porque ele ainda pode ser aquele dia em que a família se reúne e se confraterniza. Aquele dia em que pais lembram de quanto amam seus filhos, dos parentes que deixam para lá as desavenças e se perdoam, o dia em que realmente lembramos que o Filho de Deus veio ao mundo nos salvar de nós mesmos, oferecendo um novo caminho de vida pelo amor e até mesmo se dando em sacrifício em nome desse amor.

O Natal também pode ser isso. E se ele for isso, então vale a pena ser comemorado. A diferença está no que o Natal significa para cada um de nós. Se for o dos primeiros parágrafos, então é melhor não comemorar mesmo. Mas se for como esse, então, cada um dentro de suas condições, sem extravagâncias, enfeite, troque presentes, celebre o Natal sem culpa, ofereça abraço, carinho, perdão e honre aquele que é o homenageado desta data: Jesus Cristo.

Feliz Natal!

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