Entre o que dá certo e fazer o certo
Certa vez estava pesquisando na internet sobre cristianismo e me deparei com um blog aonde se discutia sobre uma igreja ser ou não de Deus. Os que diziam que não tinham seus argumentos, principalmente no que dizia respeito ao dinheiro, pois não concordavam com a maneira que se dá importância ao recolhimento de ofertas e dízimos, como meio de agradar e obedecer Deus e se obter bênçãos. Os que diziam que sim fundamentavam sua opinião no testemunho de pessoas que faziam tudo o que lhes era ensinado e que assim obtinham o resultado que queriam e isso seria uma prova incontestável de que Deus está com a igreja em questão. Em outras palavras, se dá certo então é o certo.
Sem querer entrar no mérito de afirmar se a igreja é ou não de Deus, me atenho na seguinte questão: os resultados obtidos com o exercício da fé, por meio de dízimos, ofertas e sacrifícios são realmente parâmetros para se dizer que uma igreja está de acordo com a Palavra de Deus?
O sacrifício para remissão de pecados era um ritual do Antigo Testamento. Sacrificava-se um animal e o sangue derramado pagava pelos pecados de quem fazia o sacrifício ou por quem se fazia o sacrifício. Um outro tipo de sacrifício de animais era feito quando Israel ia para uma batalha e este sacríficio oferecido a Deus fazia com que Deus desse vitória ao seu povo. Não sou teólogo para precisar exatamente todos os tipos de sacrifícios que se faziam, mas certamente é nesse sistema sacrificial de Israel, do Antigo Testamento, que algumas igrejas hoje se baseiam para legitimar os sacrifícios feitos com dinheiro para se obter o favor de Deus. Acontece que todo esse sistema sacrificial apontava para o sacrifício que viria adiante: A morte de Jesus Cristo na cruz do Calvário pelos pecados de toda a humanidade. Não à toa que João Batista vendo Jesus disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." (João 1:29). No lugar de animais, o próprio Deus-Filho se deu em sacrifício e derramou seu sangue e, a partir daí, nenhum tipo de sacrifício se faz necessário. Nem com animais, nem com dinheiro, pois esse sistema sacrificial se encerrou com o Perfeito Sacrifício de Jesus Cristo.
Sacrifício no Novo Testamento ganha outra dimensão. O apóstolo Paulo disse aos cristãos romanos: "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." (Romanos 12:1). Paulo sugere que apresentemos a Deus uma vida cujas ações glorifiquem a Deus e que ao fazer isso estamos apresentando a Deus o nosso sacrifício que agrada a Deus. Quando abrimos mão de algo de nosso interesse em favor da causa de Deus, isso requer sacrifício de nós. Quando fazemos algo que não necessariamente queremos por causa de Cristo, isso é sacrifício, é culto racional. Em outra ocasião, Paulo escreve aos filipenses dizendo: "Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância. Cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus." (Filipenses 4:18). Paulo considerou sacrifício a Deus todas as ofertas enviadas pelos filipenses para suprir as necessidades de Paulo enquanto pregava o evangelho. Com isto, penso que sacrificío passou a ser todo o esforço empregado por nós para que o Reino e a glória de Deus sejam vistos em nós, igreja de Cristo. Tempo, dedicação, recursos (isso inclui sim dinheiro), minha vida toda pra glória de Deus.
A conclusão que chego é que uma igreja que se diz cristã, firmada nos ensinos de Jesus Cristo, que insiste num sistema sacrificial já encerrado no próprio Cristo, não está de acordo com a Palavra de Deus, mesmo que se alcance resultados com esta prática, pois o que importa não é se dá certo e sim se está de acordo com Jesus, não acham?
Sem querer entrar no mérito de afirmar se a igreja é ou não de Deus, me atenho na seguinte questão: os resultados obtidos com o exercício da fé, por meio de dízimos, ofertas e sacrifícios são realmente parâmetros para se dizer que uma igreja está de acordo com a Palavra de Deus?
O sacrifício para remissão de pecados era um ritual do Antigo Testamento. Sacrificava-se um animal e o sangue derramado pagava pelos pecados de quem fazia o sacrifício ou por quem se fazia o sacrifício. Um outro tipo de sacrifício de animais era feito quando Israel ia para uma batalha e este sacríficio oferecido a Deus fazia com que Deus desse vitória ao seu povo. Não sou teólogo para precisar exatamente todos os tipos de sacrifícios que se faziam, mas certamente é nesse sistema sacrificial de Israel, do Antigo Testamento, que algumas igrejas hoje se baseiam para legitimar os sacrifícios feitos com dinheiro para se obter o favor de Deus. Acontece que todo esse sistema sacrificial apontava para o sacrifício que viria adiante: A morte de Jesus Cristo na cruz do Calvário pelos pecados de toda a humanidade. Não à toa que João Batista vendo Jesus disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." (João 1:29). No lugar de animais, o próprio Deus-Filho se deu em sacrifício e derramou seu sangue e, a partir daí, nenhum tipo de sacrifício se faz necessário. Nem com animais, nem com dinheiro, pois esse sistema sacrificial se encerrou com o Perfeito Sacrifício de Jesus Cristo.
Sacrifício no Novo Testamento ganha outra dimensão. O apóstolo Paulo disse aos cristãos romanos: "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." (Romanos 12:1). Paulo sugere que apresentemos a Deus uma vida cujas ações glorifiquem a Deus e que ao fazer isso estamos apresentando a Deus o nosso sacrifício que agrada a Deus. Quando abrimos mão de algo de nosso interesse em favor da causa de Deus, isso requer sacrifício de nós. Quando fazemos algo que não necessariamente queremos por causa de Cristo, isso é sacrifício, é culto racional. Em outra ocasião, Paulo escreve aos filipenses dizendo: "Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância. Cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus." (Filipenses 4:18). Paulo considerou sacrifício a Deus todas as ofertas enviadas pelos filipenses para suprir as necessidades de Paulo enquanto pregava o evangelho. Com isto, penso que sacrificío passou a ser todo o esforço empregado por nós para que o Reino e a glória de Deus sejam vistos em nós, igreja de Cristo. Tempo, dedicação, recursos (isso inclui sim dinheiro), minha vida toda pra glória de Deus.
A conclusão que chego é que uma igreja que se diz cristã, firmada nos ensinos de Jesus Cristo, que insiste num sistema sacrificial já encerrado no próprio Cristo, não está de acordo com a Palavra de Deus, mesmo que se alcance resultados com esta prática, pois o que importa não é se dá certo e sim se está de acordo com Jesus, não acham?
Ô Jorginho, tudo em paz?
ResponderExcluirPrimeira vez que acá comento...
Boa percepção, essa história de sacríficio foi algo que me atormentou quando busquei saber mais um pouco, principalmente sobre a páscoa.
A tradição do pessach judaico (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessach) é associada a celebração da libertação do povo de israel do egito. Deus havia as dez pragas ao povo do egito, e Moisés pediu a cada família hebréia que sacrificasse um carneiro e derramasse o sangue na porta para proteger a mesma da última praga (a morte). A partir daí, tradicionalmente, no pessach cada família judia sacrificava um cordeiro (obs.: nem toda família era abastada o suficiente para comprar um cordeiro). No novo testamento, cristo é oferecido como o cordeiro de Deus, como bem escreveste.
Bem, eu como quase-semi-chato-pacas-vegetariano só posso achar isso doido, mas era a cultura da época.
Grande abraço meu querido!
Diogo