Ofertas, a responsabilidade é nossa

Gostaria de encerrar esse ciclo de postagens sobre ofertas falando da responsabilidade da destinação das ofertas. Muitos ofertantes deixam esta responsabilidade ao líder de suas igrejas, quando deveriam observar se a finalidade das ofertas está sendo mesmo a que deveria ser. O problema é que criou-se um lema em nosso meio que diz assim: "A sua parte é ser fiel a Deus e dar o dízimo e as ofertas e se o líder não usar como se deve, ele vai acertar contas com Deus, não é problema seu, é de Deus".

Confesso que um dia já concordei com isso, mas não aceito mais isso. Isso é problema meu, sim. Porque é minha responsabilidade zelar para que minha oferta tenha o destino legítimo. Se percebo que não está sendo feito como deveria, eu simplesmente não dou mais minha oferta nas mãos desse líder. Eu não dou ofertas esperando recompensa de Deus, eu dou ofertas para abençoar a comunidade cristã a qual eu pertenço, quer seja nas despesas da igreja, quer seja no suprimento de necessidades. E não se trata de ser infiel a Deus, muito pelo contrário, se trata de ser fiel a Deus fazendo com que as ofertas façam seu papel de amor e justiça, como tudo que é feito para o Senhor, para a glória do Senhor.

E não tem essa de não poder questionar o líder quanto às ofertas porque ele é um ungido de Deus. Se ele fosse um ungido de Deus, faria a vontade de Deus e administraria as ofertas que lhe chegam as mãos com temor a Deus e respeito às pessoas que lhe confiaram suas ofertas. Mas e Davi que não atentou contra o rei Saul, mesmo o rei estando errado, porque era um ungido de Deus? Esse era o raciocínio do Antigo Testamento, mas não mais porque, no Novo Testamento, Jesus e os apóstolos nos previnem dos falsos profetas, de como devemos estar atentos aos lobos vestidos de ovelhas. E eles estão por aí, ensinando fábulas e se aproveitando da sinceridade alheia. Hoje, eu creio apenas na unção que há em Jesus Cristo, o verdadeiro Ungido de Deus.

Sabe, irmãos, quando um mendigo ou um pedinte chega perto de nós querendo dinheiro, muitas vezes não damos porque achamos que ele vai beber, ou comprar drogas, enfim, questionamos o que será feito com o dinheiro antes de darmos. Preferimos até pagar um lanche, ou comprar nós mesmos o remédio, para nos assegurarmos que será feito como o necessitado precisa. Mas com nossos líderes religiosos não há essa preocupação, eles fazem o que querem. E sua oferta não será mais pra glória de Deus, será para a glória deles. Ainda que boa parte das ofertas chegue aonde tem que chegar, a oferta de alguém foi desviada, deixou de glorificar a Deus. Porque a glorificação a Deus não está em dar a oferta, mas no que ela vai ser empregada.

Com os políticos também é assim, pagamos os impostos e não cobramos deles a correta aplicação dos impostos. Mas isso é outro assunto, apesar da incrível semelhança que há entre certos políticos e certos líderes religiosos.

Comentários

Postagens mais visitadas