O pior dos pecados (Parte II)
Na primeira parte desse tema, procurei mostrar que esse negócio de classificar pecados conforme nosso senso moral não pode ser aplicado em nossa relação com Deus, pois pecado é pecado, e todos nós somos culpados pelos pecados que cometemos. Assim, precisamos da misericórdia e do perdão de Deus, ou melhor, da graça de Deus. Entretanto, quero aprofundar esta questão. Porque a Bíblia parece nos mostrar um tipo de pecado que Deus não tolera tanto assim. Nesse momento, especulações: Idolatria? Perversão sexual? Feitiçaria? Assassinato? Aborto? Homossexualismo? Quem dá mais?
Este tipo de pecado já foi tema de uma outra postagem, porém com outra abordagem. Na mensagem Jesus, o kardecista falei que Jesus ilustou um Grande Julgamento, onde Deus separa pessoas para salvação ou perdição pelo fato cuidarem ou não dos que tem fome e sede, dos sem vestes, dos forasteiros e dos prisioneiros (Mateus 25:31-46).
Uma outra parábola conhecida também fala dessa realidade: o Bom Samaritano (Lucas 10:25-37). Jesus conta sobre um homem que, sendo assaltado, foi deixado semi-morto à beira de um caminho. Um sacerdote e um levita (figuras religiosas dos judeus) passam por ele e nada fazem; porém, um samaritano (considerado pelos judeus com impuro) acode o moribundo e cuida dele. Essa parábola foi a resposta de Jesus sobre "herdar a vida eterna" e "amar o próximo".
Aonde quero chegar? Que o pior dos pecados é não fazer nada, é ser indiferente a dor do próximo, é deixá-lo morrer. É ignorar, por exemplo, os famintos e doentes da África, são as desigualdades sociais que admitem gente morrer de fome, viver na miséria, sem nehuma dignidade. É não se importar que existam crianças subnutridas (desde que não sejam as nossas). Antes com ele do que comigo!
É esse egoísmo, aonde o mais importante sou eu não passar fome, sou eu não ter falta. E o outro? Lamento, o problema não é meu, a culpa não é minha. Ele que resolva o problema dele, ou numa versão mais "evangélica", Deus que resolva, ele que tenha fé, que use a fé. Eu usei a minha e Deus me honrou, se não honrar o outro é porque o outro não tem fé, problema dele com Deus. Percebeu aonde quero chegar? Você já ouviu isso por aí? Eu já. Só que com esse pecado muitos cristãos não se preocupam. Se preocupam mais em ser moralistas, em discutir aborto, homossexualismo, se o cristão pode tomar cerveja ou não, se pode falar palavrão ou não, e por aí vai. E sobre o que podemos fazer pelos necessitados de nosso bairro? Aí é problema do Estado.
A Bíblia nos diz em Gênesis19:24, que "o SENHOR fez chover enxofre e fogo, do SENHOR desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra". Você já deve ter ouvido falar dessas cidades que Deus destruiu. Por que Deus destruiu? Perversão sexual é a resposta na ponta da língua. Será? Isaías oferece um outro motivo:
"Ouvi a palavra do SENHOR, vós poderosos de Sodoma; dai ouvidos à lei do nosso Deus, ó povo de Gomorra..." (Isaías 1: 10)
"...Por isso, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue.
Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal.
Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas." (Isaías 1:15-17)
Não estou afirmando que o ato de cuidar do próximo por si só garante Salvação para nós. Considerando toda a lógica bíblica, entendemos que o amor ao próximo manifestado no cuidar, assistir é consequência e não causa de Salvação. Porém, creio que o apóstolo João teve a melhor compreensão do que isso significa, do que Cristo quis mostrar para os judeus da época e para nós:
"Sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte.
Quem odeia seu irmão é assassino, e vocês sabem que nenhum assassino tem vida eterna em si mesmo.
Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos.
Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus?
Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.
Assim saberemos que somos da verdade; e tranqüilizaremos o nosso coração diante dele"
(1 João 3:14-19)
Este tipo de pecado já foi tema de uma outra postagem, porém com outra abordagem. Na mensagem Jesus, o kardecista falei que Jesus ilustou um Grande Julgamento, onde Deus separa pessoas para salvação ou perdição pelo fato cuidarem ou não dos que tem fome e sede, dos sem vestes, dos forasteiros e dos prisioneiros (Mateus 25:31-46).
Uma outra parábola conhecida também fala dessa realidade: o Bom Samaritano (Lucas 10:25-37). Jesus conta sobre um homem que, sendo assaltado, foi deixado semi-morto à beira de um caminho. Um sacerdote e um levita (figuras religiosas dos judeus) passam por ele e nada fazem; porém, um samaritano (considerado pelos judeus com impuro) acode o moribundo e cuida dele. Essa parábola foi a resposta de Jesus sobre "herdar a vida eterna" e "amar o próximo".
Aonde quero chegar? Que o pior dos pecados é não fazer nada, é ser indiferente a dor do próximo, é deixá-lo morrer. É ignorar, por exemplo, os famintos e doentes da África, são as desigualdades sociais que admitem gente morrer de fome, viver na miséria, sem nehuma dignidade. É não se importar que existam crianças subnutridas (desde que não sejam as nossas). Antes com ele do que comigo!
É esse egoísmo, aonde o mais importante sou eu não passar fome, sou eu não ter falta. E o outro? Lamento, o problema não é meu, a culpa não é minha. Ele que resolva o problema dele, ou numa versão mais "evangélica", Deus que resolva, ele que tenha fé, que use a fé. Eu usei a minha e Deus me honrou, se não honrar o outro é porque o outro não tem fé, problema dele com Deus. Percebeu aonde quero chegar? Você já ouviu isso por aí? Eu já. Só que com esse pecado muitos cristãos não se preocupam. Se preocupam mais em ser moralistas, em discutir aborto, homossexualismo, se o cristão pode tomar cerveja ou não, se pode falar palavrão ou não, e por aí vai. E sobre o que podemos fazer pelos necessitados de nosso bairro? Aí é problema do Estado.
A Bíblia nos diz em Gênesis19:24, que "o SENHOR fez chover enxofre e fogo, do SENHOR desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra". Você já deve ter ouvido falar dessas cidades que Deus destruiu. Por que Deus destruiu? Perversão sexual é a resposta na ponta da língua. Será? Isaías oferece um outro motivo:
"Ouvi a palavra do SENHOR, vós poderosos de Sodoma; dai ouvidos à lei do nosso Deus, ó povo de Gomorra..." (Isaías 1: 10)
"...Por isso, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue.
Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal.
Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas." (Isaías 1:15-17)
Não estou afirmando que o ato de cuidar do próximo por si só garante Salvação para nós. Considerando toda a lógica bíblica, entendemos que o amor ao próximo manifestado no cuidar, assistir é consequência e não causa de Salvação. Porém, creio que o apóstolo João teve a melhor compreensão do que isso significa, do que Cristo quis mostrar para os judeus da época e para nós:
"Sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte.
Quem odeia seu irmão é assassino, e vocês sabem que nenhum assassino tem vida eterna em si mesmo.
Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos.
Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus?
Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.
Assim saberemos que somos da verdade; e tranqüilizaremos o nosso coração diante dele"
(1 João 3:14-19)
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