Pecado - Resumo da Ópera

Após alguns textos sobre pecado, precisamos chegar a alguma conclusão. Não que eu tenha falado tudo o que se pode dizer sobre pecado, mas espero que tudo que me propus a falar possa ter ajudado a refletir sobre esse mal que habita em todos nós e que nos mantém afastados de nosso Criador.

No Antigo Testamento, Moisés trouxe ao povo de Deus uma lei que, se cumprida à risca, traria salvação ao povo. Mas esta lei não poderia ser cumprida por nós e Deus sabia disso. A função da lei, portanto, nunca foi salvar e sim expor nossa pecaminosidade. Observando a lei, percebo que não sou justo, que não sou capaz de cumpri-la, percebo minha miserabilidade. Não dou conta dela, ninguém é capaz. Jesus deixa isso bem claro no episódio do apedrejamento da mulher adúltera: "Aquele que não tiver pecados, atire a primeira pedra". Qual é o ser humano que pode bater no peito e dizer: "Eu sou justo"?

O Messias Jesus trouxe à luz uma verdade ignorada pelo povo judeu. O problema do pecado não eram os atos, mas o interior do ser humano. Tudo o que o ser humano faz é reflexo do que ele é. No Sermão do Monte, Ele exemplificou falando do adultério e do homicídio. Como disse o escritor Philip Yancey: "Paulo segue a lógica de Jesus no Sermão do Monte: assasinato e adultério diferem de ódio e luxúria apenas por uma questão de grau". Homicídio é o ódio levado ao extremo, por assim dizer. Adultério é um desdobramento da luxúria que já reside no interior do ser humano. O apóstolo Paulo compreende isso e constata algo ainda pior: que absolutamente nada que o ser humano faça pode mudar este estado pecaminoso.

É inútil querer aproximar-se de Deus reinvidicando cumprimento da lei, se dizendo fiel, pagando o dízimo, até mesmo fazendo obras de caridade, enfim, nenhuma virtude que possamos enxergar em nós mesmos é capaz de eliminar nossa pecaminosidade que habita nosso interior. Que nenhum ser humano caia no erro de se achar bom o bastante ou que foi fiel o bastante para requerer o favor de Deus.

Se alguém estiver se perguntando: "Se tudo o que eu faço não é o bastante, então como que eu faço pra agradar a Deus?", ou chegar a conclusão: "Então eu estou perdido", terei atingido o meu objetivo com esta série de mensagens. Porque essas questões são fundamentais para que se entenda o plano de salvação de Deus para a humanidade. Porque essa compreensão é necessária para que se possa ser alvo daquilo que realmente salva e transforma o ser humano: a graça de Deus. Embora muitos conheçam esta expressão "graça de Deus", nem todos já a experimentaram, mesmo os que já reconhecem Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal e universal.

Um entendimento correto sobre a pecaminosidade e a miserabilidade do ser humano pode desfazer alguns equívocos de nossas igrejas atualmente, que ensinam que conseguiremos obter a salvação e o favor de Deus obedecendo certas regras de conduta, pagando nossos dízimos e ofertas, fazendo sacrifícios financeiros, frequentando assiduamente os cultos, fazendo correntes, realizando boas obras. Algumas dessas coisas podem ser consequência de uma vida dedicada a Deus sim, mas não é a razão pela qual Deus ama, aceita, salva ou abençoa uma pessoa.

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