A primeira igreja e as ofertas
De que maneira deve ser uma igreja? Qual modelo de igreja devo seguir? Estas perguntas eu tenho guardado comigo e tenho uma resposta pelo menos para a segunta pergunta. O livro da Bíblia chamado Atos dos Apóstolos contém a história do surgimento de uma igreja que em nosso meio cristão a conhecemos como Igreja Primitiva. Após o Pentecostes, os apóstolos começam a levar a mensagem da ressurreição de Cristo e, assim, surgem as primeiras comunidades cristãs. Sem local fixo para a realização de cultos (os templos só viriam bem mais tarde), o evangelho era pregado de lugar em lugar, cidade em cidade, nas casas, nas ruas e os cristãos viviam em comunhão. E os primeiros registros de ofertas na Igreja Primitiva tinham a seguinte finalidade:
"E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.
E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos.
E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha." (Atos 4:32-35)
Então vejamos: o dinheiro das pessoas era confiado aos apóstolos e eles administravam a oferta, repartindo-a quando as necessidades das pessoas surgiam. O dinheiro não pertencia aos apóstolos, pertencia a toda comunidade. A Igreja Primitiva começa a recolher ofertas e as ofertas vão atender às necessidades da comunidade.
Além disso, os que tinham, ofertavam e os que não tinham, eram supridos. Não haviam promessas divinas de prosperidade e sim, o repartir do pão. Quem tinha dividia e os apóstolos faziam chegar a quem não tinha. Os necessitados não eram orientados a usar a fé, dar tudo, ficar na dependência de Deus para que sua realidade de necessidade se convertesse em prosperidade, fartura, abundância. Eles eram atendidos, amparados pelos apóstolos. Os apóstolos pregavam o arrependimento de pecados, a salvação através da fé na ressurreição de Cristo. Não haviam promessas, nem testemunhos de vida financeira, nem terra que mana leite e mel. Havia sim amor, fraternidade, solidariedade, justiça social.
Deveria ser modelo para as igrejas de hoje. O que temos visto em muitas igrejas é que a responsabilidade do suprimento das necessidades é transferido para Deus. Deus é que tem que suprir a necessidade das pessoas, desde que elas sejam dizimistas e ofertantes, tem que dar dinheiro para ser abençoado. Tem que dar dinheiro para Deus ser obrigado a cumprir com a Sua Palavra, pois em Israel, os patriarcas, os profetas, a lei... E a mensagem da cruz e da ressurreição fica como pano de fundo para todo esse ensino que não tem nada de cristão.
Mas as pessoas seguem esses ensinos e dá certo, elas prosperam. Então é de Deus. Será mesmo? Termino com duas considerações. A primeira é que eu conheço gente que prosperou, mas também conheço gente que não prosperou com esses ensinos. Aliás, deveríamos fazer um censo pra saber quantos já prosperaram e quantos não. A segunda é que eu conheço alguém sem ser Deus que prospera seus seguidores.
"Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles.
E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares." (Mateus 4:8-9)
"E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.
E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos.
E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha." (Atos 4:32-35)
Então vejamos: o dinheiro das pessoas era confiado aos apóstolos e eles administravam a oferta, repartindo-a quando as necessidades das pessoas surgiam. O dinheiro não pertencia aos apóstolos, pertencia a toda comunidade. A Igreja Primitiva começa a recolher ofertas e as ofertas vão atender às necessidades da comunidade.
Além disso, os que tinham, ofertavam e os que não tinham, eram supridos. Não haviam promessas divinas de prosperidade e sim, o repartir do pão. Quem tinha dividia e os apóstolos faziam chegar a quem não tinha. Os necessitados não eram orientados a usar a fé, dar tudo, ficar na dependência de Deus para que sua realidade de necessidade se convertesse em prosperidade, fartura, abundância. Eles eram atendidos, amparados pelos apóstolos. Os apóstolos pregavam o arrependimento de pecados, a salvação através da fé na ressurreição de Cristo. Não haviam promessas, nem testemunhos de vida financeira, nem terra que mana leite e mel. Havia sim amor, fraternidade, solidariedade, justiça social.
Deveria ser modelo para as igrejas de hoje. O que temos visto em muitas igrejas é que a responsabilidade do suprimento das necessidades é transferido para Deus. Deus é que tem que suprir a necessidade das pessoas, desde que elas sejam dizimistas e ofertantes, tem que dar dinheiro para ser abençoado. Tem que dar dinheiro para Deus ser obrigado a cumprir com a Sua Palavra, pois em Israel, os patriarcas, os profetas, a lei... E a mensagem da cruz e da ressurreição fica como pano de fundo para todo esse ensino que não tem nada de cristão.
Mas as pessoas seguem esses ensinos e dá certo, elas prosperam. Então é de Deus. Será mesmo? Termino com duas considerações. A primeira é que eu conheço gente que prosperou, mas também conheço gente que não prosperou com esses ensinos. Aliás, deveríamos fazer um censo pra saber quantos já prosperaram e quantos não. A segunda é que eu conheço alguém sem ser Deus que prospera seus seguidores.
"Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles.
E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares." (Mateus 4:8-9)
Parece claro como a luz do meio dia. Mas por que tantos continuam sendo enganados? Por que as "igrejas" que utilizam as ferramentas da teologia da prosperidade continuam crescer?
ResponderExcluirAliás, elas são as maiores. Não tenho as respostas.
Talvez seja melhor fingir que negocia com Deus do que ser, realmente, seu seguidor.
"Tome a sua Cruz e siga-me", mensagem pouco proclamada né, ou estou enganado.